A cultura organizacional é muito importante para que as empresas transmitam a todos os stakeholders suas características, quais são seus valores, sua missão e visão, ou seja, como a empresa pensa, age e se comporta diante de todos os públicos. Além disso, a cultura é a “impressão digital” da empresa, o que diferencia ela das demais, solidifica a marca no mercado, atrai e retém talentos, aumenta o engajamento, orgulho de pertencer, produtividade e desempenho dos

Na prática, elaborar e desenvolver esses pontos não é uma tarefa fácil. Até porque uma empresa pode ter vários gestores que pensam de forma diferente, e podem gerar disparidade na forma como se relacionam com suas equipes, clientes e parceiros.

• Passo a passo

Por isso, o primeiro passo para construir uma cultura é definir quais serão os princípios que regerão a empresa. Segundo estudiosos da área, como o escritor suíço Edgar Schein, existem alguns pilares que devemos considerar na idealização desses princípios, como Integridade, Coletividade, Responsabilidade, Criatividade e Proatividade. Eles são a base que qualquer companhia deve atender para que, a partir de então, a cultura seja desenhada.

E para colocar a mão na massa de fato, como podemos começar? Primeiro, precisamos ter em mente as características importantes já mencionadas (valores, missão e visão). Agora, imagine sua companhia como uma pessoa. Como ela seria? Como você gostaria que ela se comportasse perante os seus colaboradores, clientes, parceiros, investidores e imprensa? Quais são as suas convicções? Desses questionamentos, tiramos os valores da empresa.

Para definir sua missão, você precisa imaginar qual o propósito de vida dessa pessoa, sua razão de existir. Por fim, a visão é o objetivo que essa pessoa almeja alcançar, a curto ou longo prazo.

Com todos esses elementos definidos, conseguimos iniciar o desenho da cultura organizacional, pois eles que irão orientar a construção de um manual com o objetivo de mostrar, principalmente aos colaboradores, quem é a sua empresa, no que ela acredita, suas crenças, seu comportamento e seus principais direcionadores.

• Construindo o seu manual

Mas, como devemos iniciar a construção desse manual? Antes de você começar a redigir, você precisa entender o público-alvo. Será que os meus colaboradores irão entender a mensagem que quero passar? Será que eles estão alinhados aos mesmos valores que a sua empresa? Pois, os funcionários de uma companhia são os principais embaixadores de sua marca e cultura. Eles que transformarão tudo o que está no papel em realidade e serão reflexo daquilo que a sua empresa acredita.

Por isso, é muito importante se atentar ao tom de voz, linguagem, formato, tamanho e design. Por exemplo: seus colaboradores utilizam e-mail? Se sim, um formato digital faz sentido. Qual o nível de escolaridade deles? Se for superior/especialização, um material mais longo, menos visual, pode funcionar, diferentemente de trabalhadores “chão de fábrica”, em que materiais mais visuais, com linguagem mais informal, tamanho reduzido e impresso se adeque melhor.

A dica aqui é sempre sintetizar o máximo possível, ser objetivo, trazer uma contextualização, para explicar o porquê da necessidade do material e caprichar no design.

Uma opção de estrutura, por exemplo, é separar o conteúdo em capítulos. Para o primeiro, podemos explicar o que é uma cultura organizacional, porque o manual foi construído e qual sua importância. Num segundo, aborda-se informações institucionais da empresa e um resumo da sua história. Para o terceiro, abordar valores, visão e missão. No quarto, falar sobre seus princípios, crenças, atitudes, comportamentos e assim sucessivamente.

O que importa aqui é a organização e facilidade de se ler o material, pois ele servirá como um guia a ser consultado, então a separação em capítulos facilita o entendimento.

Seja qual for a sua estratégia e a concepção da sua cultura interna, é fundamental que ambos representem bem a sua empresa e mostre ao mundo qual o seu valor e sua identidade.